ESTUDO
NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS Nº 15
Presb. Rubens
Cartaxo Junior
Igreja
Presbiteriana de Natal
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus
que aceitaram a mensagem de que Jesus era o Messias, mas que estavam
titubeantes em sua decisão, visto que a maioria dos judeus não aceitaram tal
mensagem, e estavam considerando retornar à antiga fé.
Propósito: Restaurar a
confiança dos irmãos e fortalecer a convicção de que tinham tomado a decisão
correta.
-
Jesus é apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de
Deus. É apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o
autor faz várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e
insta seus leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T.,
o autor apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases
da nossa confiança: Jesus é nossa âncora. Ademais, Ele é um sumo sacerdote
único e perfeito.
-
Além disso, o autor deixa claro a seus leitores que as leis cerimoniais, os
sacrifícios, o templo e seus aparatos eram simples sombras, símbolos que
apontavam para o real e o verdadeiro, Jesus, a oferta perfeita e o sumo
sacerdote perfeito que ministra no santuário celestial.
- O
autor ressalta mais uma vez que o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e
para sempre, o qual nos garante a salvação eterna.
- O
autor faz advertências contra a apostasia: se Cristo é o único meio de
salvação, rejeitar seu sacrifício significa a impossibilidade de alcançar a
salvação.
15. Exemplos de Fé (11.1-40).
Chegamos
ao famoso capítulo dos heróis da fé. É interessante lembrar que o autor em seu
capítulo anterior exorta seus leitores a permanecerem firmes na fé, apesar das
perseguições e terminou o capítulo falando aos seus leitores de sua convicção
que eles (autor e leitores), após exortá-los sobre o perigo da apostasia, são
daqueles que mantém a fé e a constância. O propósito do autor é mostrar, com
exemplos práticos, que a fé pode vencer as adversidades e os perigos.
Ele
inicia definindo o que é a fé, a certeza daquilo que esperamos e a prova das
coisas que não vemos (v.1, NVI). Para o autor, a fé trata basicamente de duas
coisas: as do futuro (que esperamos) e as que não se veem. Embora não sejam
vistas no presente, não significam que não são reais, e lista de exemplos dos
homens e mulheres de fé que ele apresenta são uma prova de que a fé é, e sempre
foi, o meio de salvação e relacionamento com Deus.
A
lista começa com Abel, mesmo tendo ele sido a primeira vítima de um homicídio,
seguido por Enoque, o único homem que não experimentou a morte, tendo sido
arrebatado, tão grande era sua intimidade com Deus. É interessante que o trecho
final que o autor dedica a Enoque seja uma poderosa declaração: Sem fé é
impossível agradar a Deus. Deduz-se que Enoque foi um homem que agradou
profundamente a Deus.
Em
seguida o autor fala de Noé e sua fidelidade no meio de um mundo totalmente
depravado e ímpio, passando depois ao exemplo de Abraão, que aguardou entre 25
e 30 anos para que a promessa do seu descendente fosse cumprida e que não
hesitou em sacrificá-lo sob a ordem divina. Além disso o autor cita Isaque,
Jacó, José. Moisés recebe uma sessão especial, posto que pela fé abriu mão de
seu lugar na família real da nação mais rica e poderosa da época, o Egito,
para, obedecendo a Deus, conduzir seu povo rumo à Terra Prometida.
Josué
e os juízes são citados como homens cuja fé derrubou muralhas, praticou-se
justiça, reinos foram conquistados, promessas foram alcançadas, bocas de leões
foram fechadas, batalhas foram vencidas, mulheres receberam seus mortos pela
ressurreição.
Entretanto,
apesar de tantos exemplos de sucesso e livramento, também há aqueles que
sofreram pela fé que tinham em Deus e não arrefeceram e não negaram o seu Deus.
Seus sofrimentos foram açoites, perseguição, morte ao fio da espada, serrados
pelo meio, apedrejamento, exílio. Nada disso, porém, os levou a fraquejar. O
autor diz que o mundo não era digno dessas pessoas, mas eles receberam bom
testemunho por meio da fé.
Entretanto,
eles não receberam em vida o que os leitores da carta haviam recebido: Jesus
Cristo, o Messias. Os heróis da fé morreram na esperança da vinda do Messias,
os leitores da carta já haviam recebido o Messias pela fé, e isso os fazia
muito mais responsáveis, pois a eles foi revelado muito mais do que o que havia
sido revelado aos antigos.
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