ESTUDOS NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS Nº 13
O SACRIFÍCIO DE CRISTO É DEFINITIVO
Hb 10.1-18
Presb. Rubens
Cartaxo Junior
Igreja
Presbiteriana de Natal
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus
era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria
dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga
fé.
Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a
convicção de que tinham tomado a decisão correta.
- Jesus é
apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É
apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz
várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus
leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T., o autor
apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases da
nossa confiança: Jesus é nossa âncora. Ademais, Ele é um sumo sacerdote único e
perfeito.
- Além disso, o autor
deixa claro a seus leitores que as leis cerimoniais, os sacrifícios, o templo e
seus aparatos eram simples sombras, símbolos que apontavam para o real e o
verdadeiro, Jesus, a oferta perfeita e o sumo sacerdote perfeito que ministra
no santuário celestial.
12. O Sacrifício de Cristo é
Definitivo
O autor da epístola tem insistido fortemente na
comparação dos sacrifícios levíticos ao sacrifício de Cristo. Tem insistido
nisso para deixar bem claro aos seus leitores a insensatez, insanidade, até, de
eles cogitarem retornar ao antigo sistema sacrificial, que nada mais era do que
sombras, símbolos, simplesmente apontavam para a realidade, que é o sacrifício
de Cristo na cruz do Calvário. Aliás, é justamente alertando que a Lei traz
apenas sombras dos benefícios que
hão de vir e não a sua realidade que o autor inicia o capítulo 10 de sua carta.
Tais
sombras, argumenta o missivista, não têm o poder de perdoar pecados, pois, se
tivessem, não haveria necessidade de ser constantemente repetidos. Sua
repetição atesta sua incapacidade de perdoar pecados (v. 4), funcionando, na
verdade, como uma recordação anual de como o povo era pecador (v.3).
Lançando
mão do Sl 40.6-8 (v.5-7), o autor deixa claro que Deus não se agrada meramente
do ritual sacrificial, mas exige do adorador um coração compungido, contrição e
arrependimento. Podemos recordar de outros textos neste sentido, como Isaías
1.11-17, que tem o mesmo teor de reprovação de sacrifícios e holocaustos
oferecidos com o coração impenitente.
De
outro lada temos o sacrifício oferecido por Jesus, o único homem que conseguiu
cumprir toda a Lei e viver sem pecado. Ele cumpre a vontade do Pai e por meio
de seu sacrifício nós somos santificados (separados) e temos os nossos pecados
perdoados (v. 9-10). O autor reitera que o sacrifício de Cristo foi realizado
de uma vez por todas. Se assim é, trata-se de um sacrifício perfeito, sem
necessidade de repetição ou complementação, tornando os sacrifícios levíticos
de bodes e cordeiros totalmente desnecessários.
Nos
v. 11-14, o autor da epístola faz uma comparação entre os sacrifícios levíticos
oferecidos pelos sacerdotes e o sacrifício de Cristo. Aqueles precisam ser
repetidos e mais, o sacerdote antes de apresentá-los tinha que fazer um sacrifício
prévio por seus próprios pecados para, somente depois, realizar o sacrifício
pelo povo. É bom recordar que anteriormente o autor já havia ressaltado a necessidade
de substituição de sacerdotes, pois estes morriam e precisavam de substitutos.
Não é o caso de Cristo. Além de seu sacrifício ser perfeito ele se assentou à
direita de Deus e só aguarda que seus inimigos sejam postos por estrado de seus
pés. O sacrifício perfeito aperfeiçoou (aqui no sentido de completou a obra) os
que estão sendo santificados, ou seja, os eleitos.
Encerrando
esse trecho, o missivista deixa claro que na Nova Aliança a Lei de Deus será
inscrita na mente e no coração dos salvos. Isso faz uma ponte com Rm 8.9. O
Espírito Santo habita no coração dos salvos.
Ainda
no trecho final, o autor traz uma palavra de grande conforto e esperança: O
sacrifício de Cristo perdoou todos os nossos pecados. Se os pecados foram
perdoados, não há mais necessidade de novos sacrifícios.
As
lições dirigidas aos hebreus do séc. I são atualíssimas nos dias de hoje e nos
trazem grande conforto e firmeza na fé.
Continue
nos acompanhando. Divulgue. Compartilhe. Comente.
Até o
próximo estudo.
Comentários