ESTUDOS NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS Nº 11
A NOVA ALIANÇA É SUPERIOR À ANTIGA ALIANÇA
Presb. Rubens
Cartaxo Junior
Igreja
Presbiteriana de Natal
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus
era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria
dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga
fé.
Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a
convicção de que tinham tomado a decisão correta.
- Jesus é
apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É
apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz
várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus
leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T., o autor
apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases da
nossa confiança: Jesus é nossa âncora. . Ademais, Ele é um sumo sacerdote único
e perfeito.
9.1 – Jesus, o Sumo Sacerdote de uma Nova Aliança, que
é superior à antiga (símbolo e sombra da nova). Cap. 8.1-6.
No início do cap. 8, o autor de
Hebreus ressalta a excelência do sacerdócio de Cristo em comparação com o
sacerdócio levítico. Ele inicia o capítulo falando “o mais importante do que
estamos tratando...” (NVI) ou “o essencial das coisas que temos dito” (ARA). E
o que é o essencial, o mais importante? É que o nosso Sumo Sacerdote se
assentou à destra (à direita) do trono da Majestade nos céus e serve no
verdadeiro santuário que o Senhor erigiu e não o homem.
Enquanto
os sacerdotes levíticos serviam no templo erigido pelos homens, uma
representação, um símbolo do verdadeiro santuário celeste, é neste santuário
celeste que o nosso Sumo Sacerdote, Jesus atua, daí a superioridade do seu ministério
em relação ao ministério levítico.
Assim
como os sacerdotes levíticos, Jesus também tinha que oferecer um sacrifício, e
ele ofereceu a si mesmo como sacrifício, o sacrifício perfeito, como vimos na
aula passada.
O
mais importante disso, é que o verbo utilizado no original está no aoristo, que implica em uma ação já
completada e não contínua, denotando que sua oferta pelo pecado já não precisa
ser repetida, visto que já alcançou a perfeição e cumpriu cabalmente o seu
propósito. O sacrifício de Cristo pagou todos os pecados dos eleitos, dos que
integram a igreja.
Este
é um ponto muitíssimo importante, embora algumas pessoas se sintam
desconfortáveis com o tema. Jesus não morreu por todas as pessoas do mundo. Se
ele tivesse morrido por todas as pessoas do mundo, todos seriam salvos (o que
não ocorre, a própria Bíblia o diz) pois o seu sacrifício é perfeito.
O
v.6 deixa claro que o ministério de Jesus é superior ao ministério dos
sacerdotes levíticos, bem como a Nova Aliança que ele inaugura é superior à
Antiga Aliança, pois baseada em promessas superiores.
9.2 – Os Dois Pactos – Cap. 8.7-13
Nesta
seção, o autor de Hebreus avança para uma conclusão extremamente contundente
para seus leitores, que cogitavam voltar à antiga aliança. Ele de cara exclui a
perfeição da antiga aliança e deixa claro que o próprio Deus já havia, ainda na
vigência da antiga aliança, declarado que faria uma nova aliança com seu povo.
É
de todo sabido que Israel não cumpriu sua parte na aliança, visto que foi um
povo rebelde, desobediente e contumaz. E isso pela simples razão de que nenhum
homem, em seu estado natural, consegue cumprir a Lei, pois todo homem é
pecador. Daí a necessidade de uma aliança superior, calcada no sacrifício
vicário de Cristo.
A
partir do v.8 até o v.12 o autor cita Jr 31.31-34, que é a promessa de uma nova
aliança, superior à antiga aliança. Nessa nova aliança, a Lei não seria mais
externa, mas o próprio Deus, através do Espírito Santo, iria escrever Sua Lei
nas mentes e corações do seu povo. Com isso, todos os que fazem parte dessa
aliança estão aptos a conhecer o Senhor, visto que a barreira que os separava
de Deus, o pecado, foi removida pelo sacrifício único, perfeito e eficaz de
Cristo.
O
v.13 é a pá de cal no valor da antiga aliança no que respeita à capacidade de
salvar, já que a nova aliança baseia-se num sacrifício perfeito e acabado e não
em sacrifícios simbólicos e rituais que precisavam sempre ser repetidos.
Chegando o novo e perfeito, o antigo e meramente simbólico deixa de ter
sentido.
9.3 – Primeiro Pacto: Adoração no Tabernáculo Terreno
(9.1-10)
Nesse
trecho, o autor da carta relembra aos seus leitores como ocorria o serviço do
templo, suas divisões, suas regras e o que isso significava.
O
tabernáculo, e posteriormente o templo, foi erguido conforme as determinações
divinas, cada espaço e cada elemento apontando para o que é perfeito e
espiritual.
Ressalta
que os sacerdotes entravam no Lugar Santo para ali ministrarem, mas no Lugar
Santíssimo ou Santo dos Santos, só o sumo sacerdote podia entrar e apenas uma
vez por ano, no Dia da Expiação. E não podia entrar sem levar o sangue do
sacrifício.
A
conclusão a que o autor chega é que é fantástica: o fato de os sacrifícios
serem oferecidos repetidamente e o fato e somente o sumo sacerdote poder entrar
no Santo dos Santos indicava claramente que o caminho para a perfeita comunhão com Deus ainda não havia sido aberto.
Os repetidos sacrifícios não davam ao adorador uma consciência perfeitamente
limpa, pois eram apenas símbolos, sombras do perfeito sacrifício de Cristo que,
uma vez realizado, rasgou o véu,
indicando que o caminho para uma
perfeita comunhão com Deus estava aberto.
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Até
o próximo estudo. Até lá.
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