JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus
era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria
dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga
fé.
Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a
convicção de que tinham tomado a decisão correta.
- Jesus é
apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É
apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz
várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus
leitores a permanecerem firmes na fé.
JESUS É NOSSO SUMO SACERDOTE (4.14-5.10)
Após ter afirmado verdades
contundentes acerca de Jesus como Filho de Deus, bem como ser ele verdadeiro
homem, superior aos anjos, a Moisés e a Josué, agora o autor de Hebreus o
apresenta como sumo sacerdote, uma figura conhecida por todos os judeus da época
e a figura mais importante do judaísmo praticado no Séc. I.
Inicialmente
deve-se notar que Jesus, por ser da tribo de Judá, jamais poderia ocupar o
lugar de sumo sacerdote, pois o sacerdócio judaico estava reservado aos
descendentes de Aarão, irmão de Moisés, o primeiro sumo sacerdote, da tribo de
Levi. Entretanto, é dito que o sumo sacerdócio de Cristo não é o sacerdócio
aarônico, mas segundo a ordem de Melquisedeque, a quem o pai de todos os
israelitas, Abraão, entregou o dízimo, uma ordem sacerdotal superior à ordem
aarônica.
Chamo
a atenção para os verbos contidos no versículo 14: “visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de
Deus, apeguemo-nos com toda firmeza
à fé que professamos”. O primeiro verbo denota a certeza de que aquele que crê
em Jesus não está abandonado frente a Deus (e isso era importantíssimo para
aqueles irmãos, pois era justamente assim que eles se sentiam: soltos, ao léu,
sem uma referência; por essa razão é que cogitavam retornar ao judaísmo, pois
lá eles tinham essas referências). E por que ter um sumo sacerdote era tão
importante?
O
sumo sacerdote era a figura central do judaísmo praticado no séc. I, pois era
ele quem sacrificava o cordeiro pascal, recolhia o sangue e o levava para o
interior do Santo dos Santos, onde, diante da Arca da Aliança, apresentava
aquele sangue no Propiciatório. Aquele sangue representava o sangue do Messias.
O
sumo sacerdote judaico entrava no templo, que era uma representação do
santuário onde Deus habita. Já Jesus, o nosso sumo sacerdote, adentrou o próprio céu!!! E não somente isso, o
autor volta a enfatizar que Jesus, o nosso sumo sacerdote é o Filho de Deus, a
segunda pessoa da Trindade. Em vista desses fatos tremendos, o autor conclama
seus leitores (e a nós, também) a apegarem-se com toda firmeza à fé em Jesus.
Em
seguida, o autor volta a deixar claro a profunda, absoluta, identificação de
Jesus com a humanidade, afirmando que Jesus é capaz de compadecer-se de nossas
fraquezas, pois ele mesmo sofreu em sua carne, sem pecado, todas as dores,
sofrimentos e tentações humanas.
Devido
a isso, podemos nos achegar confiadamente ao trono da graça. Ou seja, os
crentes em Jesus podem acompanhar seu sumo sacerdote e adentrar o próprio santuário
celestial e relacionar-se pessoalmente com Deus.
Veja-se
também que o autor fala que Jesus se compadece de nossas fraquezas, que o trono
é de graça, e não de juízo, que recebemos misericórdia e graça!.
Em
seguida, o autor discorre acerca do sumo sacerdote humano. Em primeiro lugar
ele é escolhido e designado por outros. Não se trata de um cargo que alguém se
candidata, mas um ofício para o qual é escolhido. Em segundo lugar, ele
representa o povo diante de Deus, ele é o intermediário entre Deus e a
congregação. Por ser humano e compartilhar das fraquezas humanas, ele pode ter
compaixão dos seus semelhantes que, por falta de conhecimento se desviam, mas
quanto aos pecados voluntários, deve fazer sacrifícios pelos seus e pelos do
povo.
Semelhantemente,
Jesus não tomou a si a glória de ser sumo sacerdote, mas foi chamado por Deus
para desempenhar tal relevante papel. Seu chamado incluía o aprendizado da
obediência, o que ele o fez através do sofrimento que ele experimentou, através
de sua identificação com a humanidade.
Aperfeiçoou-se
e tornou-se a fonte de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. Em vista
disso, foi por Deus designado sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque,
uma ordem superior ao sacerdócio aarônico.
Na próxima semana retornaremos
com mais um estudo.
Não deixe de
nos acompanhar. Até lá.
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