Concluindo o "Sermão da Montanha",
Jesus chama atenção da multidão que o assistia para o sentido prático do seu
ensino. Jesus está diante dos religiosos judeus e faz uma comparação entre dois
homens que resolveram construir uma casa: um construiu sobre a rocha que
suportou chuvas, correnteza do rio, ventos fortes e a casa resistiu. O outro,
fracassou, não pelo fato de ter economizado comprando material de segunda ou
escolhido um pedreiro sem experiência mas por ter escolhido um alicerce arenoso
e Jesus chama esse cidadão de “insensato”, num português bem claro de “louco”.
Numa sociedade onde se defende a pluralidade da verdade, Jesus chama
para si todo o conteúdo da Verdade, ou seja: a minha Verdade não tem atalhos,
não tem conveniências, não é alternativa ela é única. Diante das verdades que
ouvimos por aí muitas têm até certa lógica, conteúdo, mas não possuem valor prático e Jesus se refere a
uma construção interior, de natureza espiritual que cresce no cotidiano gerando
convicção eterna. Diante de uma plateia de religiosos judeus acostumados a
guardar tradições, Jesus inova afirmando que seu ensino tem valor prático e fora
da sua Verdade tudo é insensatez. Quem ouve o “ensino de Cristo” simplesmente
por ouvir sem considerar a sua praticidade está edificando sua vida sobre a
areia.
Jesus não está preocupado com o tamanho da casa, quantos quartos, sala,
garagem pra vários carros, segurança. Ele não fala se o piso é de porcelanato,
ou cerâmica, se a pintura é lavável ou textura, se tem piscina etc., Ele está
chamando a atenção dos seus ouvintes para o fato de guardarem o seu ensino, ou
seja: Jesus quer seguidores, discípulos, dispostos a abandonar tudo na beira do
mar: o barco, as redes e segui-lo.
Jesus sabia que as multidões ficavam maravilhadas com sua mensagem seu
carisma, sua postura, sua autoridade em transmitir a Verdade, sua doutrina
inovadora de amar o próximo, perdoar os inimigos, ser juiz de se mesmo, no
sentido de reconciliar-se com o irmão ofendido. As multidões percebiam
claramente a diferença no discurso prático de Jesus para o discurso teórico dos
escribas.
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