Bem-vindos todos ao nosso segundo estudo sobre os Dez Mandamentos baseados no Breve Catecismo
de Westminster. Hoje estudaremos as perguntas 42 a 44. Ainda não adentraremos
aos mandamentos propriamente ditos. As perguntas de hoje são como que um
prefácio dos Dez Mandamentos.
Pergunta 42. Em que se
resumem os dez mandamentos?
Resposta: Os dez mandamentos
se resumem em amar ao Senhor nosso Deus de todo o nosso coração, de toda a
nossa alma, de todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento; e ao
próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40; Mt 10.27; Tg 2.10; Rm 13.10).
Pergunta 43. Qual é o
prefácio dos dez mandamentos?
Resposta: O prefácio dos dez
mandamentos é: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da
casa da servidão”.
Pergunta 43. Que nos ensina
o prefácio dos dez mandamentos?
Resposta: O prefácio dos dez
mandamentos ensina-nos que temos a obrigação de guardar todos os mandamentos de
Deus, por ser ele o Senhor nosso Deus e Redentor (Ex 20.2; Lc 1.74; I Pe
1.15-19).
Quando questionado pelos fariseus sobre qual seria
o maior mandamento (Mt 22.37-40), Jesus apresentou-lhe dois mandamentos: amar a
Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo com a si mesmo. Percebe-se de
imediato que esses dois mandamentos resumem a lei moral de Deus expressa nos Dez
Mandamentos, vez que demonstram claramente que as obrigações contidas no
decálogo se dividem em obrigações para com Deus e obrigações para com o nosso
próximo, ou seja, para com todas as pessoas.
Percebe-se claramente que um verbo se destaca na
resposta de Jesus: AMAR. O amor é o cumprimento da Lei, posto que se eu amo o
meu próximo, não lhe farei mal, não lhe roubarei os bens, não atentarei contra
sua vida, etc. Se amo a Deus de todo coração, alma, força e entendimento,
procurarei sempre cumprir Sua vontade, viver de forma a agradá-Lo e buscarei
sempre estar em plena comunhão com Ele. E na medida em que eu amo a Deus dessa
forma, terei mais facilidade em amar a meu próximo como a mim mesmo. Perceba
que se todas as pessoas do mundo cumprissem esses dois mandamentos, viveríamos
em um mundo bem diferente, não? Bem mais seguro e fraterno.
E por que se deve amar a Deus de todo o nosso
coração, de toda a nossa alma, de toda as nossas forças e de todo o nosso
entendimento? Porque Ele é o Senhor, o Deus Onipotente, o Criador. Amar a Deus
é obrigação de TODOS OS SERES HUMANOS e dos crentes especialmente. Ele é o
nosso Redentor. Ele se apiedou de nós, que estávamos longe de Deus, atolados
num lamaçal de pecados, éramos inimigos de Deus (Rm 3.10-18), e Ele mesmo
providenciou livramento para nós. E detalhe: quando estávamos na servidão do
pecado, nós não queríamos saber de Deus. O nosso prazer era o pecado. Vivíamos
para satisfazer nossas paixões carnais. Mas Ele mesmo nos tirou do poço de
perdição, do tremedal de lama e nos firmou os pés sobre uma rocha (Sl 40.2),
tirou-nos do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor (Cl 1.13).
Os crentes, portanto, têm muito mais razão para ser
gratos a Deus e amá-lo de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e
de todo o entendimento, pois sua própria Redenção os impele a isso. Nós temos o
enorme privilégio de desfrutar da comunhão com Deus, o Altíssimo, o Senhor
Eterno, o Todo-poderoso... Nossos corações devem encher-se de alegria só em
pensar na grandeza e majestade de Deus. E nós podemos amá-Lo, pois Ele nos amou
primeiro!
O amor a Deus envolve nossos sentimentos, nossa
vontade e nosso intelecto, ou seja, todo o nosso ser. Devemos amar a Deus e ao
próximo de forma integral.
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